Era uma vez um esquilinho travesso, de nome Nutkin, seu irmão Twinkleberry e um grupo de esquilos vermelhos que precisava negociar com a coruja Velha Brown a permissão para coletar nozes em sua ilha. Tudo ia bem até que Nutkin começou a provocar “a onça com vara curta”, ou melhor, a coruja...
A história do esquilo Nutkin é um clássico da literatura infantil inglesa, tendo sido publicado por Beatrix Potter em 1903 após o estrondoso sucesso de A história de Pedro Coelho. Na opinião da escritora brasileira Ana Maria Machado, “Beatrix Potter é uma das vozes mais originais da literatura infantil”.
Nesta edição, o livro é publicado do modo como a autora o imaginou, com as aquarelas em página inteira dialogando pausadamente com os textos, em formato pequeno para caber nas mãos das crianças — o que por si só é uma novidade, porque não há atualmente edições brasileiras com esta característica fundamental.
A publicação de A história do esquilo Nutkin, obra inédita atualmente no Brasil, marca também a celebração dos 150 anos de nascimento de Beatrix Potter.
Faixa etária
Voltado a crianças em fase de alfabetização ou já alfabetizadas, entre 5 e 7 anos, o que não impede que a leitura também seja divertida e recomendada para crianças menores, que realizem a leitura dos textos e imagens compartilhada com um adulto. Ou mesmo para nós, que somos bem maiores!
Sobre a autora
Helen Beatrix Potter nasceu em nasceu em South Kensington, Middlesex (hoje Grande Londres), em 28 de julho de 1866, e morreu em 22 de dezembro de 1943, em Sawrey, Lancashire (hoje Cúmbria), também na Inglaterra.
Seu primeiro livro, A história de Pedro Coelho, foi publicado em 1902 pela editora britânica Frederick Warne & Co., após várias tentativas frustradas por diversas editoras da Inglaterra, tornando-se rapidamente um estrondoso sucesso, ao qual se seguiram mais de 20 livros que se tornariam clássicos da literatura infantil inglesa, como A história do esquilo Nutkin, de 1903, que ora publicamos.
Saiba mais sobre o livro
Passados 150 anos de seu nascimento, “Beatrix Potter é uma das vozes mais originais da literatura infantil, tendo realizado uma ruptura revolucionária ao tratar seus leitores sem condescendência nem qualquer vestígio de tatibitate ou concessão ao meloso”, como afirma a escritora Ana Maria Machado em seu livro Como e por que ler os clássicos universais desde cedo (Objetiva, 2002).
Como diz a importante escritora brasileira, “os animais na obra de Beatrix Potter são bem diferentes. Não são humanizados, embora vistam roupas. Mas comportam-se o tempo todo como os bichos que realmente são: a raposa quer comer a pata, o esquilo esquece onde enterrou as nozes para o inverno, o sapo que vai pescar quase é comido por um peixe grande, o coelho invade uma horta para roubar cenoura e por pouco não leva uma surra ou é apanhado para ir para a panela. O que encanta é justamente a ironia divertida que perpassa as histórias, obtida com esse contraste entre as encantadoras aquarelas da autora que pontuam quase cada frase (em livrinhos pequenos que cabem nas mãos infantis) e a absoluta recusa de qualquer sentimentalismo”.
Ler suas perturbadoras e atemporais histórias hoje, tão relevantes quanto quando as escreveu, há mais de cem anos, é um raro e prazeroso presente.
Tão imenso quanto apreciar suas lindas e detalhadas pinturas.
Texto: Edições Barbatana